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Mostrando postagens de novembro, 2012

Entre amigos - Martha Medeiros

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Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um

A indiferença nossa de cada dia - Otto Lara Resende

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Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isso: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar... vê, não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia, o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara, sua voz, como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia, no seu lugar estivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos

Capacidade - Gibran Khalil Gibran

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  “A consciência de uma planta no meio do inverno  não está voltada para o verão que passou,  mas para a primavera que irá chegar.  A planta não pensa nos dias que já foram,  mas nos que virão.  Se as plantas estão certas de que a primavera virá,  por que nós – os humanos –  não acreditamos que um dia seremos capazes  de atingir tudo o que queríamos?”

Cicatrizes - Isabel Allende

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Talvez a gente esteja no mundo para procurar o amor, encontra-lo e perdê-lo, muitas e muitas vezes. Nascemos de novo a cada amor e, a cada amor que termina, abre-se uma nova ferida... Estou cheia de orgulhosas cicatrizes.

Harmonia- Martha Medeiros

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No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário. Que é mais produtivo agir do que reagir. Que a vida não oferece opção: ou você segue, ou você segue. Que a pior maneira de avaliar a si mesmo é se comparando com os demais. Que a verdadeira paz é aquela que nasce da verdade. E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que leva uma vida toda, esse meio todo."

Eternidade - Cecília Meirelles

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Não sejas o de hoje. Não suspires por ontens... não queiras ser o de amanhã. Faze-te sem limites no tempo. Vê a tua vida em todas as origens. Em todas as existências. Em todas as mortes. E sabes que serás assim para sempre. Não queiras marcar a tua passagem. Ela prossegue: É a passagem que se continua. É a tua eternidade. És tu.

Não se detenha ! - Madre Teresa de Calcutá

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Um dia...

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Parte um 1988-1992 Vinte e poucos anos “Foi um dia memorável, pois operou grandes mudanças em mim. Mas isso se dá com qualquer vida. Imagine um dia especial na sua vida e pense como teria sido seu percurso sem ele. Faça uma pausa, você que está lendo, e pense na grande corrente de ferro, de ouro, de espinhos ou flores que jamais o teria prendido não fosse o encadeamento do primeiro elo em um dia memorável.” Charles Dickens, Grandes esperanças CAPÍTULO UM O futuro Sexta-feira, 15 de julho de 1988 Rankeillor Street, Edimburgo — Acho que o importante é fazer diferença — disse ela. — Mudar alguma coisa, sabe? — Você está falando de “mudar o mundo”? — Não o mundo inteiro. Só um pouquinho ao nosso redor. Os dois ficaram em silêncio por um tempo, os corpos entrelaçados na cama de solteiro, depois começaram a rir em voz baixa, na mesma altura do amanhecer.

Você e o mundo - Ghandi

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"Não tente adivinhar o que as pessoas pensam a seu respeito. Faça a sua parte, se doe sem medo. O que importa mesmo é o que você é. Mesmo que outras pessoas não se importem. Atitudes simples podem melhorar sua vida. Não julgue para não ser julgado. Um covarde é incapaz de demonstrar amor - isso é privilégio dos corajosos."

De mãos dadas - Carlos Drummond de Andrade

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Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considere a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história. Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela. Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida. Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

"Sorte ou azar", "nova" música de Cazuza, 30 anos depois...

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Fã ardoroso de Cazuza, como fica bem claro com a homenagem feita com o nome deste blog, fui pego de surpresa, ao final da exibição de hoje da fraca novela "Salve Jorge", que apenas esta noite fui ver. Eis que no fim do capítulo, nos créditos finais, uma voz muito conhecida deste blogueiro começa a cantar uma música que até então, nunca ouvira. Trata-se de "Sorte ou azar", composição de Frejat, maior parceiro de Cazuza, para o disco de estreia do Barão Vermelho, em 1982. Isso mesmo!! A música tem 30 anos e não foi incluída no primeiro LP do grupo porque o produtor Ezequiel Neves não gostou, já que continha em seu título a palavra "azar".  Fazendo as frenéticas buscas pelas internet, assim que a ouvi, descubro que no dia 14 de outubro, o "Fantástico" abordou o assunto e ainda mostrou um "clipe", se assim pode se chamar, com o Barão velho de guerra nos estúdios fazendo um novo arranjo para a canção. Para aqueles, que assim c