Memória- Drummond

Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade

Comentários

Paulo Lopes disse…
Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
Provisano disse…
Neto, sempre dou uma passada pelo blog e nunca posto nada, na maioria das vezes por pura preguiça o que não passa de desculpa esfarrapada da minha parte.

Mas como adoro poesia, mando para esse blog para lá de bacana, de Maiakóvski o seguinte:

De "V INTERNACIONAL"

Eu
à poesia
só permito uma forma:
concisão,
precisão das fórmulas
matemáticas.
Às parlengas poéticas estou acostumado,
eu ainda falo versos e não fatos.
Porém
se eu falo
"A"
este "a"
é uma trombeta-alarma para a Humanidade.
Se eu falo
"B"
é uma nova bomba na batalha do homem.

Esse poema é de 1922 e tem a tradução de Augusto de Campos. Ele faz parte de um livro Maiakóvski-Poemas, da Coleção Signos da Editora Perspectiva, 2ª Edição, de 1983 e contém uma pequena biografia do poeta entre outras pérolas.

Forte abraço e todo amor que houver nessa vida...
Neto,
agradeço gentilmente por ter ido testemunhar a estréia de Jornada de Paz Tempo de Guerra em Cabo Frio.
Tanto você como Alcione foram presenças muito aguardadas e queridas.
Até a próxima apresentação!

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