Neruda

"
"Não te amo como se fosses rosa de sal,topázio
ou flecha de cravos que propaga o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e
leva dentro de si,oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como,nem quando,
nem onde,te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és,
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha,
tão perto que se fecham seus olhos com meu sonho."

Comentários

Anônimo disse…
Nossa..
sou eu neste poema ...
amo em silencio e sem coragem...
é tão bonito e tão abistrato...

Postagens mais visitadas deste blog

TEMPO E CONTA-Laurindo Rabelo

Dois primeiros blocos do debate

Homem rosa, mulher azul - Fabrício Carpinejar