Sobre o Transtorno obsessivo-compulsivo

De acordo com um estudo divulgado no periódico Deutsches Ärzteblatt International, lavar as mãos compulsivamente é a manifestação obsessivo-compulsiva mais comum em crianças e adolescentes, presente em até 87% de todos os pacientes, porém de difícil diagnóstico. Entretanto, se identificada precocemente, as chances de recuperação aumentam. De acordo com a pesquisa, a terapia comportamental pode ser mais efetiva para essa identificação do TOC do que o método mais popularizado atualmente, o psicodiagnóstico.

O psicodiagnóstico é um método científico no qual o paciente é submetido a uma série de testes psicológicos que permitem a identificação e avaliação de aspectos específicos, assim como a elaboração da melhor forma de intervenção para o paciente psicodiagnosticado. No entanto, segundo os autores, o tratamento a partir desta via é muito mais demorado.

Métodos combinados garantem a eficácia

Os métodos terapêuticos comportamentais têm se mostrado eficazes. Na terapia comportamental o paciente se depara com situações que antecedem a manifestação obsessivo-compulsiva, mas a manifestação é interrompida.

Um tratamento complementar – também chamado de segunda linha – também é indicado, sendo composto de intervenção terapêutica comportamental combinada com a administração de fármacos – como os usados no tratamento de síndromes depressivas, transtornos de ansiedade e alguns tipos de transtorno de personalidade.

Os autores afirmam que, mesmo após a conclusão de um período de tratamento intensivo, os pacientes ainda precisaram de psicoterapia ou terapias combinadas para evitar a repetição posterior. “O transtorno obsessivo-compulsivo é multifatorial, com fatores psicológicos, neurobiológicos e genéticos desempenhando papéis diferentes”, apontam os autores. A intervenção, portanto, também não pode ser única, mas combinada de forma a tratar a globalidade do transtorno.

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com informações da Deutsches Aerzteblatt International

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