Farra do dinheiro público: Agora surge o telegrama de condolências


Informações do jornal "Agora":

"Em ano eleitoral, a vereadora e candidata a reeleição Edir Sales (PSD) está enviando o que chama de "telegramas de condolências" a paulistanos que perderam algum familiar. Cada mensagem de pesar custa R$ 8,80.
A vereadora, que entre março de 2011 e o mês passado gastou 67.430,17 da verba de gabinete com despesas com Correios, disse que o envio desses telegramas é bancado por "escritórios políticos".
Destinatário de um desses telegramas após a perda da ex-sogra, de aneurisma, o jornalista Flavio Gomes se revoltou com o fato de ter recebido a correspondência, na última sexta-feira.
"Solidarizo-me neste momento de dor e saudade. Que Deus lhe dê forças para superar esta perda irreparável", diz o texto.
O endereço do remetente é o da Câmara Municipal de São Paulo.
Resposta
A assessoria de imprensa da vereadora Edir Sales (PSD) negou que ela tenha obtido os dados pessoais do jornalista Flavio Gomes no Serviço Funerário Municipal.
Segundo a assessoria, todos as informações de pessoas que compõem seu cadastro foram colhidas por seus assessores ao longo de 12 anos de carreira política.
Antes de ser vereadora, Edir foi deputada por dois mandatos --um pelo PL e o outro pelo PMDB.
"É importante salientar que a vereadora foi radialista por muitos anos, tendo contato com diversos jornalistas e meios televisivos", diz a nota enviada pela assessoria de imprensa da parlamentar.
A assessoria negou, também, que esses "telegramas de condolências" sejam bancados com dinheiro público. Segundo ela, essas correspondências são pagas por seus "escritórios políticos". A assessoria não soube informar, no entanto, a origem do dinheiro.
Sobre o episódio, a vereadora disse ter "lamentado profundamente o ocorrido, uma vez que a intenção de sua assessoria foi somente a de prestar solidariedade ao jornalista neste momento tão difícil". Por conta disso, assessoria disse que a parlamentar ordenado a suspensão desse tipo de telegrama.
Segundo ela, o envio desse tipo de correspondência "não é comum ou recorrente", sem informar quantos deles já foram remetidos no mandato."

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