Perda irreparável


Acometido por uma gripe enjoada e com o astral em baixa nesta sexta, ainda me vejo mais triste. Faleceu nesta tarde o jornalista Artur da Távola. Em mais um momento de desilusão com as coisas da política, seja no âmbito municipal ou nacional, é de se lamentar e muito esta perda. Fui seu eleitor em algumas ocasiões, mesmo que não concordasse com os ideais tucanos. Para mim, valia o fato de votar em alguém que sempre se mostrou sinceramente interessado com os rumos que nosso país tomava. Abaixo texto da "Folha on line":
"O ex-senador e jornalista Paulo Alberto Monteiro de Barros, conhecido como Artur da Távola, morreu nesta sexta-feira aos 72 anos no Rio de Janeiro, em sua casa. Ele sofria de problemas cardíacos desde agosto de 2007, quando esteve internado por longo período. Ele iniciou sua carreira política em 1960. Foi deputado federal do PTN pelo antigo Estado da Guanabara. Dois anos depois se elegeu deputado constituinte pelo PTB. Cassado pelo regime militar, ele viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. No retorno ao Brasil assumiu o pseudônimo de Artur da Távola. Foi um dos fundadores do PSDB, onde exerceu mandatos de deputado federal até 1995, e de senador (1995-2003). Em 1988, concorreu à Prefeitura do Rio de Janeiro, mas não foi eleito. Ele fazia o programa "Quem tem medo de música clássica", para a TV Senado. Também escrevia crônicas para o jornal "O Dia". O jornalista também teve programas na Rádio MEC e na TV Cultura. Leia abaixo a última mensagem postada em seu blog na internet em 4 de janeiro: "Embora enfermo desde agosto de 2007, com risco de vida, nas breves oportunidade em que não esteve internado, o titular deste blog nele não mais pôde escrever. Ele ficou aberto sujeito à interferência de internautas que se comprazem em entrar em domínios alheios. Embora não mais internado em hospital prossigo em tratamento doméstico e assim será por algum tempo. Nessas circunstâncias, peço desculpas a quem o procure. Ele está momentaneamente congelado por seu titular. Espero voltar na plenitude de minhas possibilidades dentro de dois ou três meses. E conto com sua compreensão."
Texto da globo.com:

Amigos lamentam a morte
O jornalista e escritor Sérgio Cabral lembrou que o Artur da Távola era um carioca amante da cidade. “Esse lado carioca ele revelou nas crônicas que escrevia. Ele falava do Rio do bonde, da criatividade do carioca. Estava atento a tudo isso, ao Rio antigo, moderno, romântico, malandro. Ele curtia esse carioquismo, era um carioca exemplar.” Cabral contou que ficava impressionado com a articulação de Paulo Alberto. “Foi um dos maiores oradores que já vi na minha vida. Desde jovem, quando se elegeu deputado já era brilhante e chamava a atenção pelo brilhantismo da sua oratória.” O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azedo, lamentou a morte do amigo, que fazia parte do conselho deliberativo da entidade. “A gente recebe essa notícia com profundo pesar. Além de grande intelectual, jornalista notável, ele era uma criatura humana excepcional pela sensibilidade e carinho que devotava às pessoas. Seu desaparecimento nos causa forte dor, seja pelos atributos intelectuais, seja pela pessoa extremamente afetiva”, lamentou. O cineasta Zelito Viana, também amigo do jornalista Artur da Távola, lamentou a morte e lembrou que Paulo Alberto tentou sempre ser conciliador. “Ele tinha uma capacidade enorme de criar o consenso, ele procurava sempre o meio termo, conciliando os antagonismos.”

Obrigado por tudo Artur da Távola!!

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