A volta do disco de vinil


Se você que está lendo este texto neste momento tem menos de 16 anos é possível que nem saiba do estamos falando. Mas tudo leva a crer que o império das bolachas negras contra-ataca. Depois de dados como mortos no início dos anos 90 - com a chegada dos CDs - e sepultados no começo do milênio - com a revolução digital - os discos de vinil aos poucos voltam a ser lançados por artistas brasileiros.São músicos e bandas que apostam na nostalgia e na força dos bolachões, algo comum em países da Europa e nos Estados Unidos.A gravadora Deckdisc já fala em importar maquinários para ter sua fábrica própria de vinis no Brasil. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa afirma: “Estamos estudando a viabilidade de montar uma nova fábrica no Brasil ou aproveitar o espaço da antiga (a extinta Poly Som, no Rio de Janeiro, fechada em abril) para implantar as máquinas.”Enquanto as máquinas não vêm, os artistas se viram para colocarem seus vinis na praça. Ed Motta, que desde 2001 já lançou dois LPs, prepara uma edição em vinil de seu último CD, Chapter 9. “Tem muita gente desavisada achando vinil algo ‘ultra hype’, tipo onda de brechó. A verdade é que na Europa e nos EUA isso nunca deixou de ser mania. Só aqui no Brasil”, diz. O grupo Nação Zumbi é outro integrante da liga dos herói da resistência. Pupillo, o baterista, conta que a banda deve produzir em LP o disco Fome de Tudo até dezembro. E comenta: “Se perguntarem se preferimos produzir dez mil CDs ou mil LPs, definitivamente vamos escolher mil LPs.” Segundo alguns artistas, há vantagens no resultado final deste tipo de mídia justamente pelo fato de ele não procurar a perfeição e a limpeza dos meios digitais. “A sonoridade é bem melhor do que a de um LP. Muitas das ‘ruidagens’ (ruídos) do som original se perdem na hora da digitalização”, afirma o pernambucano Lenine, que lançou em LP a versão de seu mais recente CD, Labiata. Pupillo, do Nação, se arrisca a falar em eternidade. “O LP é mais vivo, mais orgânico. E existe um nicho, um mercado para ele, não vai acabar. Acredito que, daqui a algum tempo, não teremos CDs.”
Como sou um cara louco por música, acho muito bacana este retorno do vinil. Passei boa parte de minha adolescência curtindo os meus. Legião, Cazuza, Paralamas, Engenheiros..... Ô época boa!!

Comentários

Paulo Lopes disse…
A Noite do Vinil desta quarta-feira, dia 1º de outubro será dedicada a inesquecível Led Zeppelin, que foi uma banda inglesa célebre pela sua inovação e influência no heavy blues-rock, além de ter sido uma das mais populares na década de 70. O Led Zeppelin foi formado em 1968, era formada por Jimmy Page, John Bonham, John Paul Jones e Robert Plant. A morte de John Bonham, em 1980, foi a causa do fim da banda. Isso após vender mais de 300 milhões de discos em todo o mundo. O Led Zeppelin voltou a se reunir em três ocasiões, em 1985 para o show beneficente Live Aid, com Tony Thompson na bateria, no aniversário de 40 anos da gravadora Atlantic em 1988, com Jason Bonham na bateria e mais recentemente em 10 de dezembro de 2007 em uma homenagem a Ahmet Ertegun, fundador do selo americano Atlantic Records, que apostou em 1968 no potencial dos jovens britânicos que haviam acabado de formar o Led Zeppelin. A banda foi eleita a maior dos anos 70 pela revista Rolling Stone. O Vinil acontece na Taberna Dom Tutti, rua das Palmeiras, 13 a partir das 22h.
Anônimo disse…
Taberna Dom Tutti, rua das Palmeiras, 13 a partir das 22h.
Antigo Tuti Boni
Valeu amigo tricolor!!!!
E boa sorte ao Fluzão mais tarde!!!!
grande abraço!!!!!!!!!!
Paulo Lopes disse…
Na próxima quarta-feira a Noite do Vinil irá homenagear Tim Maia. Nascido no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, Tim Maia integrou o funk e o soul aos ritmos brasileiros, criando um estilo único e exuberante, e se tornou um dos artistas mais queridos do público, da crítica, e principalmente de outros artistas de outros gêneros e gerações. Cantor extraordinário, de voz potente e fabuloso sentido rítmico, além de incontáveis sucessos que até hoje animam festas e embalam romances, Tim criou também um dos mais hilariantes personagens do Brasil moderno, o "síndico" anárquico, polêmico e indomável, desafiando a lei e a ordem em nome da música e da liberdade. Noite do Vinil - quarta-feira - dia 08/10/08 - 22hTaberna Don TuttiRua das Palmeiras

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