Igreja X Camisinha : Boas Novas
Leio matéria no "O Globo" de hoje e ao mesmo tempo em que fiquei surpreso, também fiquei muito feliz. Mesmo com a negativa oficial da Igreja Católica em aceitar a camisinha, alguns padres e freiras que atuam em ONGs e pastorais no Brasil estão participando ativamente de uma campanha que traz em seu texto frases como :" Use camisinha em toda relação sexual, seja ela vaginal, anal ou oral."
Não deixa de ser um avanço, mesmo que a posição oficial da Igreja seja totalmente contrária ao uso da camisinha, se fundamentando numa moral que quer santificar a união do homem e da mulher, repudiar a promiscuidade sexual, construir e valorizar a família. Por isso condena o sexo fora do casamento e as campanhas do preservativo por prescindirem do aspecto moral dessa prática.
Só que a AIDS continua matando. Os costumes infelizmente são outros e lutar contra essa realidade só afastará mais ainda a Igreja Católica de seus fiéis. Atualmente no mundo, a epidemia contamina um jovem a cada 14 segundos, somando 40 milhões de pessoas já infectadas, mais 20 milhões de mortos.
Pelo que parece, alguns de seus membros enxergaram que continuar a agir dessa maneira não iria ajudar a ninguém. Espera-se que a Igreja não tenha que pedir perdão novamente, pois já o fez pelos erros e omissões do passado. Que essa postura adotada por alguns de seus membros ganhe cada vez mais força!!!
A frase do padre Valeriano Paitoni, do Instituto dos missionários da Consolata, em São Paulo, retrata bem o novo pensamento desses membros que lutam contra a Aids: " A Igreja Católica diz que a verdadeira prevenção está nos valores evangélicos. Mas a postura de uma igreja ou religião, qualquer que seja, não pode prevalecer sobre o bom senso."
Comentários
Tomara que este movimento ganhe cada vez mais força mesmo!!!!! É de fundamental importância que movimentos sociais encarem esta realizade de frente, já que nem sempre os governos cumprem o seu papel.
A Igreja e a aids
Arquivado em: Sem categoria — vidanova at 6:43 am on segunda-feira, novembro 17, 2008
Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
A respeito do uso dos preservativos no combate a AIDS, sempre volta a acusação contra a Igreja Católica, por entravar a “ciência” e o “progresso tecnológico” na erradicação dessa epidemia, ao ser contra seu uso e distribuição.
Mas, ao contrario do que a acusam, a Igreja se empenha e quer usar os melhores e mais eficazes meios para combater tal epidemia, meios que não sejam moralmente ilícitos nem tenham efeitos colaterais imorais graves e contra a natureza.
Porque o fim não justifica os meios. Uma boa finalidade não justifica o emprego de meios imorais e ilícitos. O meio mais eficaz de erradicar a AIDS seria promover a morte de todos os aidéticos, o que não só lhes tiraria o sofrimento como eliminaria a doença. Mas essa solução é inimaginável e abominável, já que e imoral é ilícita, por melhor que seja a finalidade ou a intenção.
Alem dos 10 Mandamentos da Lei positiva divina, a Igreja defende a moral natural, tudo o que esteja de acordo com a natureza, provinda também de Deus. Tendo também o aspecto unitivo no matrimônio, o ato sexual, pela própria natureza, tem como finalidade a procriação; portanto, essa finalidade natural não pode ser artificial e voluntariamente excluída, isto é, por outras palavras, todo ato sexual deve estar aberto à procriação.
A promiscuidade, a imoralidade, a devassidão sexual, a infidelidade conjugal e a prática dos atos homossexuais, contrários à natureza, são reconhecidamente uma das principais causas da AIDS.
Nos paises, como Uganda, onde se promoveu o incentivo à abstinência sexual até o casamento e à fidelidade conjugal, houve avanços na contenção da AIDS, ao passo que o esforço maciço na promoção do uso dos preservativos artificiais tem sido em geral um fracasso.
E quem não reconhece que a distribuição de preservativos promove a promiscuidade sexual, a facilidade das relações extraconjugais e a devassidão moral, que são, em ultima analise, a causa principal dessa epidemia?
Assim, a Igreja, propagando a castidade, a formação e o uso correto da sexualidade humana e a fidelidade conjugal, está promovendo a verdadeira prevenção a essa doença e contendo o seu avanço. A distribuição de preservativos artificiais, cujo uso é imoral e incentivador da promiscuidade, só a faria avançar mais.
Ademais, além desse aspecto negativo do combate preventivo, há que se relembrar o que a Igreja tem feito em prol dos atingidos por essa grave e incurável enfermidade.
Em entrevista à Direção nacional alemã das Pontifícias Obras Missionárias “missio Aachen”, o representante do programa das Nações Unidas de combate à Aids, UNAIDS, destacou o papel importante desenvolvido pela Igreja Católica na luta para debelar esta doença. “A Igreja Católica é um ótimo parceiro na luta contra a AIDS”, disse Desmond Johns, diretor do Escritório do UNAIDS em Nova York, recordando principalmente o empenho da Igreja no setor da saúde nos países mais pobres do mundo, e em especial no tratamento das pessoas contaminadas com o vírus HIV e o apoio oferecido às viúvas e aos órfãos (Agência Fides, 16/1/2004).
Recordando a cooperação do seu Escritório com a Igreja Católica nos vários países, Desmond Johns destacou também a contribuição oferecida pelas escolas dos missionários na promoção da educação: “As organizações católicas têm uma importância fundamental na luta contra a AIDS também no que diz respeito às campanhas de sensibilização entre as pessoas e os responsáveis locais”. Missio Aachen apóia projetos de luta contra a AIDS na Ásia, Oceania e África para dar às pessoas atingidas melhores perspectivas para o futuro.
No Brasil, a Igreja se empenha em apoiar e desenvolver campanhas educativas, formativas e informativas que visam ampliar os conhecimentos de toda a população, especialmente dos adolescentes e jovens, para que tenham um estilo de vida saudável, comportamentos pautados nos valores humano-cristãos, com um trabalho de prevenção e conscientização e não, simplesmente, na mera distribuição de preservativos. A Igreja no Brasil já assumiu o serviço de prevenção de HIV e da assistência a soro-positivos e, sem preconceitos, acolhe, acompanha e defende o direito à assistência médica e gratuita daquelas e daqueles que foram infectados pelo vírus da AIDS.
O próprio Ministério da Saúde declara: “Respeitamos a Igreja Católica, reconhecemos a contribuição que ela tem dado na luta contra a Aids no Brasil. Desde o início da epidemia, a Igreja acolheu e amparou os órfãos da Aids; criou esquemas de ajuda aos moradores de rua; fundou creches e instituições para dar assistência aos portadores; criou, inclusive, a Pastoral da Aids.
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Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney