Debate no Rio

Peço desculpas aos campistas, mas como sabem é no Rio que está o candidato dos meus sonhos: Fernando Gabeira. Como não posso votar lá, e sei que alguns amigos da cidade maravilhosa nos visitam neste espaço, faço do meu blog um espaço pró-Gabeira. Sem constrangimentos, sem subir em cima do muro....
Sendo assim, eis o texto da jornalista Lucia Hippolito sobre o último debate entre os candidatos a prefeito do Rio de Janeiro.

"O último debate entre Fernando Gabeira e Eduardo Paes explicitou com toda a clareza o difícil dilema em que se encontra o eleitor carioca.
Não se trata de escolher entre dois candidatos, dois projetos, duas propostas.
Trata-se e escolher entre dois mundos diferentes.
De um lado, um competente candidato a gerente de uma grande loja de departamentos. Superintendente, talvez. Conhece profundamente o estoque, o preço da grosa de alfinetes, a utilidade de uma boa chave de fenda.
Do outro, alguém que é, em si mesmo um projeto. Uma proposta andante. Um Quixote da boa causa: a honestidade, a correção, o futuro, o sonho, uma nova forma de fazer política, novas práticas, novos métodos.
Um velho-moço contra um moço-velho. Velhíssimo.
No debate ao vivo, Eduardo Paes destilou números, competência, pegadinhas ridículas.
Declarou, depois do debate, que prefere o apoio de Jorge Babu ao apoio de César Maia.
(Jorge Babu, vereador pelo PT, foi preso pela PF junto com Duda Mendonça, coisa de dois anos atrás, em uma briga de galos no Rio. Hoje é acusado de comandar milícias na Zona Oeste.)
Gabeira foi bafejado pela sorte: por sorteio, iniciou e encerrou o debate. Ambos em tom maior, de grandeza. No miolo, foi mediano.
No final, teve seu dó de peito. Foi Gabeira por inteiro. Diferente, ousado, original. Chamou até os adversários para a grande conversação em favor do Rio. Bonito.
Mas o melhor do debate, assistido ao vivo no Rio, foram dois momentos-ternura.
Primeiro momento-ternura: ver Vladimir Palmeira (PT) e Francisco Dornelles (PP) juntinhos no cercadinho dos apoiadores de Eduardo Paes, trocando tapinhas nas costas, é feito a propaganda do Mastercard: não tem preço.
Segundo momento-ternura: Vladimir Palmeira rindo abertamente quando seu velho companheiro de militância, Fernando Gabeira, dava uma estocada em Eduardo Paes, seu recente aliado político.
Vladimir é um soldado do PT. José Dirceu já tentou esmagá-lo várias vezes com seu tacão (embora tenham sido também companheiros de militância estudantil).
Mas com Gabeira, o “namoro” era explícito. Vladimir ria abertamente a cada “saia justa” de Eduardo Paes.
A sopa da vingança, dizia minha avó, toma-se gelada.
O eleitor carioca está diante de uma escolha difícil.
Mas Gabeira mostrou que certos valores não morrem."

Comentários

Muller disse…
Tambem estou muito animado. Dia 26 Gabeira tem chance de ganhar, estou divulgando tudo de bom que Gabeira pode fazer e lembrando os problemas de Paes. Cada voto é urgente:
Leituras para 26 de Outubro
Vamos divulgar, cada voto pode fazer a diferença.

Dia 26 Gabeira neles!
Anônimo disse…
Que inveja dos cariocas. E por aqui parece um faroeste caboclo.
Marcia Mattos disse…
Que triste ver um cara como Wladimir Palmeira se sujeitando a isso!!!! Já não bastou a rasteira que ele tomou em 98 com Garotinho???
A cada dia me convenço que o PT é o partido da "boquinha" mesmo.....

Dá-lhe Gabeira!!!!!!!!!!

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